O mundo anda mesmo esquisito. Desde o ano passado coisas estranhas vêm acontecendo.
Dizem que Michael Jackson morreu – acredito ser uma grande jogada de marketing, os americanos são bons nisso; o Atlético Mineiro liderou o campeonato brasileiro, o Fluminense quase rebaixado ganhou tudo que podia e como Fênix ressurgiu das cinzas – nesse caso, da mer@#da, e o Fl@#*! sagrou-se campeão nacional. Escrever esse nome dá azar! Além da Copa do Mundo e as Olimpíadas que acontecerão por aqui, após o fim do mundo em 2012.
Ainda não sabemos como o governo federal vai lidar com este problema – produzir eventos esportivos após a humanidade haver expirado, mas segundo o Casseta e Planeta, o presidente Luís Inácio Lula do Fim dos Dias pensa em driblar esse pequeno entrave trazendo também para o país o Apocalipse em 2012, que será patrocinado com verba federal.
Extraviado – e isto não é um viado a mais – o clã político de Brasília deu mostras de sua indecência administrativa: mostrou a mais nova cueca a ser usada durante as obras exigidas pela FIFA e o Comitê Olímpico Internacional.
Enquanto esses mega-eventos não acontecem, tentaremos compreender os fenômenos - que não jogam no Corinthians e não residem em solo Afegão, mas explodiram para o mundo – objetivando solucionar nossa existência.
Após as leis da física, a lei de Murphy, da gravidade, a lei anti-fumo e a lei seca, outra lei surge no universo: a Lady Gaga!
Mesmo portadora dessa pequena deficiência, a gagueira, Lady Gagá estremeceu o planeta a partir do uso de suas cordas vocais.
O tremor foi tão forte que atingiu várias nações, incluindo o Haiti.
O fato despertou o interesse da comunidade científica, e esta por sua vez, passou a enxergar a raça-humana sob um novo prisma, uma nova lei que derrubou o mito de que os brancos jamais conseguiriam atingir o timbre vocal dos afro-descendentões.
Líderes da esquerda anti-imperialista querem-na à frente de seus arsenais atômicos.
Marmud Armadinegaga, crítico de música norte-americana e presidente do Irã nas horas nucleares pretende contratar os serviços da jovem, que pelo jeito, continuará explodindo por um longo tempo.
É sabido que a lançaram para combater o sucesso Beyoncé, a Ivete Sangalo americana. Pernas, bun#%da e sai do chão galera!
Por sua vez o presidente Chávez, morador de um barril, declarou em rede nacional na Venezuela que o terremoto ocorrido no país caribenho foi um atentado terrorista concebido pelos E.U.A. Segundo o extremista titular das programações do SBT (Sistema Bienal de Terremotos), certo documento de origem russa confirma a criação de tal artefato por parte dos yankees, com o intuito de destruir o Irã, seu regime Aiatolá e o sertanejo universitário.
Reafirmou que a grande besta (desta vez, os americanos) quer dominar o mundo. Depois do grupo Pão de Açúcar, é claro!
Ele diz que a crítica faz parte de seu estilo barroco de governar, mas desde que o barroco vá para a privada ao invés do ventilador.
Outro modismo, como as enchentes na região chuveste e a dengue - esta última transformou-se literalmente em febre, é a pálida série Crespúsculo.
A obra revela como políticos crespos e sem escrúpulos sugam o dinheiro do contribuinte, provocando palidez e anemia em toda a sociedade brasileira.
Do diretor José “Rouberto” Arruda, Molúsculo e Lula Nova atentam também para a saga de um homem (interpretado por José Maya) que venceu a impotência, digo, a prepotência da direita elitista e o Viagra, transformando-se no presidente do Barril, o boteco que frequentava.
Nascido em Garanhuns e com a mesma importância dos Incas e Astecas, José Maya há centenas de anos vem conquistando as personagens das novelas mexicanas, e atualmente, é o garanhão protagonista em Comer a Vida, novela de Marstubel Carlos.
O que possui este ser, para transformar-se em objeto de desejo?
Se você é contra a manipulação da mídia subversiva e teme ser contagiado pelos modismos citados acima, envie sms com a palavra “fui” para o número 2012, e saia do planeta enquanto há tempo.
E corra, pois o BBB acaba de chegar!
sexta-feira, janeiro 22, 2010
terça-feira, janeiro 12, 2010
A MACACA E O PSIQUIATRA
Quem não conhece a história de Capitu?
Ela, que trocou o parceiro pelo amante, é personagem central do zoológico de Brasília e até parece saída das histórias de Macaco de Assis, digo, Machado de Assis.
Se você não viu, ótimo, pois não desperdiçou seu tempo com esse problema passional do mundo animal, comentado incessantemente pelas matérias jornalísticas de quase todos os canais televisivos nos últimos dias. Seria falta de criatividade, ou os jornalistas deram uma banana para as questões sociais?!
Apesar dela não ser um bovino, a chifrada foi inevitável. Porém, o que ninguém esperava aconteceu: amante e ex-cônjuge caíram do galho. Faleceram! Vieram a óbito.
A viúva negra - marrom, para ser mais exato - continuou sua busca pelo homem, perdão, pelo símio perfeito, e agora, analistas econômicos e jurídicos do zoo acreditam que esteja prenha do genro, não o Tarso, mas certo elemento inserido na jaula para dar conta de suas filhas.
Neste ponto, transformou-se em personagem do Nelson Rodrigues. É um ser complexo. Caso para Freud.
Imaginemos tal primata na busca pelo conhecimento interior através da autoanálise.
Ao visitar o divã, teríamos um intrigante diálogo entre o psicanalista e a macaca:
- Doutor, desconheço o motivo pelo qual meu apetite sexual é tão voraz! Até meu futuro ex-genro não perdoei.
O pobre fora colocado naquele espaço para acasalar com minhas filhas, e olha no que deu: desconfio que estou grávida!
- Prenha, você quis dizer! Avisou o analista preocupado em garantir a distância entre as espécies, mas no fundo, admitindo tamanha semelhança.
- Sabe, ando sofrendo com essa igualdade entre os dois mundos. Lá no zoológico fui considerada obra machadiana, e até gostava de ser chamada de Capitu, confesso. Havia algo de intelectual no apelido. Mas, após o incidente passei a habitar os livros do Nelson Rodrigues. Isto me confundiu mais ainda.
- Quer uma banana? Questionou o homem, preocupado em abrandar o sofrimento da depoente.
- Não, obrigada. Mas se tiver scotch 1969, aceitarei uma dose.
- Como terminou seu relacionamento com o primeiro amor?
- Dei uma banana pra ele!
- O quê?
- Nanica, para demonstrar minha insatisfação sexual.
Em nosso meio, quem é vítima de tal gesto, entra em depressão até definhar. Por isso ele faleceu. E continuou...
Sabe, meu primeiro amor ensinou-me tudo, mas foi com o segundo que aprendi a olhar a vida de outra forma, com outros olhos e sem precisar de um oftalmo!
As vizinhas condenam-me dizendo que é absurdo preferir as loucuras e os prazeres mundanos ao espírito do amor eterno.
Mas eu, feminista convicta, defendo-me atacando a diversidade conjugal dos nossos machos.
Imunes aos preconceitos pulam de galho em galho, enquanto somos condenadas e tratadas como escória da humanidade!
- Da humanidade? O assustado homem quase pula da cadeira. Ela, serena, corrige o erro lamentando não ser um homo-sapiens.
- Ah, desculpe-me. É que em certos momentos faço confusão. A crise existencial é comum a alguém que se encontra nessa situação. Outro dia, ergui um cacho de bananas questionando: - Trair, ou não trair? Eis a questão!
- Deve lembrar-se de que é uma primata, e usar o espartilho da vida humana pode apertar-lhe o ego, e isto a deixará sem ar para viver. Monogamia é incomum no reino animal e... Ela o interrompe.
- Com todo respeito, o profissional a minha frente está desabilitado a discorrer sobre esse tema. Sua inteligente sociedade monógama é a única que pratica tais atos conscientemente. Traem raciocinando! E em muitos casos, raciocinam depois da macacada já feita.
Sem ação, dr. Simão observava a astúcia daquela criatura peluda, inimiga das depilações e dos absorventes especiais para se usar com shortinhos cavados.
E continuou...
- Depois que Darwin aproximou nossos mundos, ficou ainda mais evidente o quanto somos parecidos. Está lá, na teoria evolucionista. Já leu?
- Não! Responde meio sem jeito.
- Nossa! Como concluiu seu curso de graduação?
Já sei. Tornou-se psiquiatra porque queria agradar o pai. Provavelmente também estaria na medicina ou magistrando em algum tribunal por aí, como tantos outros sem opção. Hábito comum nas aristocracias das cidades pequenas e de médio porte.
- Queria ser músico, mas seria queimado na fogueira da inquisição paternal! Confessou de forma surpreendente.
- Então, no fundo sabe o quanto sofro naquele zoológico. Minhas colegas de jaula até aceitam que eu seja dona Flor, mas culpam-me pelo desinteresse do meu ex-genro sobre minhas filhas. Mesmo assim, isentei-me de culpa. Tenho a consciência tranquila.
- A culpabilidade é incabível à senhora. Tens em mim, a partir de agora, um crédulo defensor!
- Sinto-me aliviada, afinal, sou uma macaca. Aplicam-se a mim as leis da natureza, não o seu código penal!
Seria burrice se minha espécie tivesse como parâmetro sua legislação e política.
- Ok. Acho que isto é tudo. Esta consulta me deprimiu. Fiquei confuso.
Prefiro ter pacientes com os mais variados perfis a vocês macacos.
Vocês são como árvores, mas ao invés de galhos, possuem um sem número de egos.
Mesmo assim, obrigado por vir ao consultório.
- Disponha. É melhor ir andando, pois o funcionário do zoológico já está impaciente lá fora.
- Tudo bem. Até mais.
- Ah, doutor... Está esquecendo o cachimbo!
Ele sai sem bater a porta.
Ela, que trocou o parceiro pelo amante, é personagem central do zoológico de Brasília e até parece saída das histórias de Macaco de Assis, digo, Machado de Assis.
Se você não viu, ótimo, pois não desperdiçou seu tempo com esse problema passional do mundo animal, comentado incessantemente pelas matérias jornalísticas de quase todos os canais televisivos nos últimos dias. Seria falta de criatividade, ou os jornalistas deram uma banana para as questões sociais?!
Apesar dela não ser um bovino, a chifrada foi inevitável. Porém, o que ninguém esperava aconteceu: amante e ex-cônjuge caíram do galho. Faleceram! Vieram a óbito.
A viúva negra - marrom, para ser mais exato - continuou sua busca pelo homem, perdão, pelo símio perfeito, e agora, analistas econômicos e jurídicos do zoo acreditam que esteja prenha do genro, não o Tarso, mas certo elemento inserido na jaula para dar conta de suas filhas.
Neste ponto, transformou-se em personagem do Nelson Rodrigues. É um ser complexo. Caso para Freud.
Imaginemos tal primata na busca pelo conhecimento interior através da autoanálise.
Ao visitar o divã, teríamos um intrigante diálogo entre o psicanalista e a macaca:
- Doutor, desconheço o motivo pelo qual meu apetite sexual é tão voraz! Até meu futuro ex-genro não perdoei.
O pobre fora colocado naquele espaço para acasalar com minhas filhas, e olha no que deu: desconfio que estou grávida!
- Prenha, você quis dizer! Avisou o analista preocupado em garantir a distância entre as espécies, mas no fundo, admitindo tamanha semelhança.
- Sabe, ando sofrendo com essa igualdade entre os dois mundos. Lá no zoológico fui considerada obra machadiana, e até gostava de ser chamada de Capitu, confesso. Havia algo de intelectual no apelido. Mas, após o incidente passei a habitar os livros do Nelson Rodrigues. Isto me confundiu mais ainda.
- Quer uma banana? Questionou o homem, preocupado em abrandar o sofrimento da depoente.
- Não, obrigada. Mas se tiver scotch 1969, aceitarei uma dose.
- Como terminou seu relacionamento com o primeiro amor?
- Dei uma banana pra ele!
- O quê?
- Nanica, para demonstrar minha insatisfação sexual.
Em nosso meio, quem é vítima de tal gesto, entra em depressão até definhar. Por isso ele faleceu. E continuou...
Sabe, meu primeiro amor ensinou-me tudo, mas foi com o segundo que aprendi a olhar a vida de outra forma, com outros olhos e sem precisar de um oftalmo!
As vizinhas condenam-me dizendo que é absurdo preferir as loucuras e os prazeres mundanos ao espírito do amor eterno.
Mas eu, feminista convicta, defendo-me atacando a diversidade conjugal dos nossos machos.
Imunes aos preconceitos pulam de galho em galho, enquanto somos condenadas e tratadas como escória da humanidade!
- Da humanidade? O assustado homem quase pula da cadeira. Ela, serena, corrige o erro lamentando não ser um homo-sapiens.
- Ah, desculpe-me. É que em certos momentos faço confusão. A crise existencial é comum a alguém que se encontra nessa situação. Outro dia, ergui um cacho de bananas questionando: - Trair, ou não trair? Eis a questão!
- Deve lembrar-se de que é uma primata, e usar o espartilho da vida humana pode apertar-lhe o ego, e isto a deixará sem ar para viver. Monogamia é incomum no reino animal e... Ela o interrompe.
- Com todo respeito, o profissional a minha frente está desabilitado a discorrer sobre esse tema. Sua inteligente sociedade monógama é a única que pratica tais atos conscientemente. Traem raciocinando! E em muitos casos, raciocinam depois da macacada já feita.
Sem ação, dr. Simão observava a astúcia daquela criatura peluda, inimiga das depilações e dos absorventes especiais para se usar com shortinhos cavados.
E continuou...
- Depois que Darwin aproximou nossos mundos, ficou ainda mais evidente o quanto somos parecidos. Está lá, na teoria evolucionista. Já leu?
- Não! Responde meio sem jeito.
- Nossa! Como concluiu seu curso de graduação?
Já sei. Tornou-se psiquiatra porque queria agradar o pai. Provavelmente também estaria na medicina ou magistrando em algum tribunal por aí, como tantos outros sem opção. Hábito comum nas aristocracias das cidades pequenas e de médio porte.
- Queria ser músico, mas seria queimado na fogueira da inquisição paternal! Confessou de forma surpreendente.
- Então, no fundo sabe o quanto sofro naquele zoológico. Minhas colegas de jaula até aceitam que eu seja dona Flor, mas culpam-me pelo desinteresse do meu ex-genro sobre minhas filhas. Mesmo assim, isentei-me de culpa. Tenho a consciência tranquila.
- A culpabilidade é incabível à senhora. Tens em mim, a partir de agora, um crédulo defensor!
- Sinto-me aliviada, afinal, sou uma macaca. Aplicam-se a mim as leis da natureza, não o seu código penal!
Seria burrice se minha espécie tivesse como parâmetro sua legislação e política.
- Ok. Acho que isto é tudo. Esta consulta me deprimiu. Fiquei confuso.
Prefiro ter pacientes com os mais variados perfis a vocês macacos.
Vocês são como árvores, mas ao invés de galhos, possuem um sem número de egos.
Mesmo assim, obrigado por vir ao consultório.
- Disponha. É melhor ir andando, pois o funcionário do zoológico já está impaciente lá fora.
- Tudo bem. Até mais.
- Ah, doutor... Está esquecendo o cachimbo!
Ele sai sem bater a porta.
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